quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

INSCRIÇÕES ABERTAS!!!

II CURSO DE FORMAÇÃO DE CUIDADORES DE IDOSOS


Venha se capacitar conosco!

Curso de capacitação com certificado de conclusão de 180 horas

Aulas teóricas e práticas curso aberto pessoas interessadas em adquirir Conhecimentos na área de assistência ao idoso e portadores de necessidades especiais.

Profissão reconhecida pela lei 2880/2008

Inscrições abertas !!

Informações: 9921-0230 / 9974-3540

E-mail : projetocuidarcolatina@gmail.com

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

AOS AMIGOS DOS IDOSOS

Abençoados são aqueles que compreendem meus passos vacilantes, e minhas mãos que tremem.

Abençoados são aqueles que discretamente olham para outro lado quando eu derramo meu café na mesa.
Abençoados são aqueles que sabem que preciso me esforçar para ouvir e, muitas vezes, para apreender o que dizem.
Abençoados são aqueles que sabem que meus olhos são embaçados.
Abençoados são aqueles que respeitam meu sono diurno frente à televisão ou minha insônia descontrolada.
Abençoados são aqueles que percebem quando ajudar é necessário ou não, e quando necessito ser estimulado para preservar minha auto-estima.
Abençoados são aqueles que nunca dizem:
"Você já contou esta história duas, três, quatro vezes ..."; e me escutam pacientemente como se fosse a primeira vez.
Abençoados são aqueles que me aceitam e me respeitam como sou agora e também como fui no passado).
Abençoados são aqueles que não têm preconceitos,
que admiram o belo e o feio.
Abençoados são aqueles que sabem como trazer de volta boas lembranças de outrora.
Abençoados são aqueles que me poupam de preocupações e problemas desnecessários; vocês ainda têm tempo para muitas resoluções.
Abençoados são aqueles que me cedem alguns minutos de seu atarefado dia para uma rápida conversa.
Abençoados são aqueles que, mesmo apressadamente, dizem: "Olá, tudo bem?".
Ou apenas para mim sorriem. Eu entendo.
Abençoados são aqueles que afagam levemente meus cabelos brancos ou minha cabeça calva.
Abençoados são aqueles que fitam meus olhos, tantas vezes a procura de um simples olhar amigo, quando eu, aparentemente, não mais me comunico ou pareço insensível ou "desligado".
Abençoados são aqueles que percebem que eu ainda vivo, que eu ainda tenho sentimentos e emoções.
Abençoados são aqueles que entendem que ainda sou capaz de compreender e sentir o amor e a rejeição, a justiça e a injustiça, a sinceridade e a falsidade, o altruísmo e o egoísmo, a alegria e a tristeza.
Abençoados são aqueles que, quando eu partir, lembrarão de mim com carinho, amor e alegria.
Abençoados são os amigos dos idosos.

sábado, 8 de novembro de 2008

ALZHEIMER

Não há tempo a perder. Esse é o tema da campanha do dia mundial da doença de Alzheimer, que será lembrado no Brasil e outros 76 países no próximo domingo e que chama a atenção para a importância do diagnóstico precoce da doença.


Outro alerta é para a prevenção dos fatores de riscos das doenças cardíacas. Ao evitar a hipertensão, diabetes e obesidade, por exemplo, as pessoas estarão também colaborando para que os sintomas do Alzheimer demorem mais a se manifestar. Por causa disso, o dia mundial terá o apoio dos grupos ligados à prevenção de doenças cardíacas. Ao cuidar do coração, destaca Márcio Borges, a memória vai agradecer.


O Mal de Alzheimer é a doença da dependência do idoso. Ao perder a memória recente, ele perde o controle sobre a própria vida, o que afeta o seu comportamento e interfere diretamente no seu relacionamento familiar. Ainda não há prevenção, as causas permanecem desconhecidas e não há exames para diagnósticos precisos. O diagnóstico, explica Márcio Borges, é baseado na experiência dos próprios médicos, que vão prescrever tratamentos sintomáticos e paliativos. Para cada idoso diagnosticado, há pelo menos outras três pessoas da família também afetadas, já que a rotina doméstica é alterada, e saber lidar com a doença vai fazer bem tanto para o próprio paciente, quanto para seus cuidadores.
Até os 70 anos, são raros os casos de Alzheimer. As estatísticas mudam, no entanto, a partir dessa fase, quando 10% dos idosos podem apresentar a doença. A partir dos 85 anos, o salto é grande: entre 35% e 40% das pessoas nessa faixa etária terão a doença. Como a expectativa de vida no Brasil aumentou, a tendência é que nas próximas décadas seja grande o número de portadores da doença. País tem cerca de 1 milhão de doentes.
Dados da Abraz indicam que há no Brasil cerca de 1,2 milhão de doentes. Hoje, o Alzheimer é uma das doenças mais estudadas em todo o mundo, o que aumenta as chances da descoberta de medicamentos mais eficientes. Há 20 anos, o Mal de Alzheimer sequer era tema de aulas da disciplina de neurologia nas faculdades de Medicina, tão poucos eram os casos diagnosticados. «A gente sabia que existia, mas não dava muita importância», relata Borges. Há dez anos, os casos cresceram, mas os médicos não tinham opções de tratamento, e atualmente, são quatro tipos de medicamentos disponíveis. Ainda assim, os remédios não evitam que a doença avance. Se não há cura para a doença, cresce a importância da informação sobre como lidar com ela. Quanto antes for feito o diagnóstico, mais o familiar poderá se preparar para atender melhor ao portador e, principalmente, conhecer as expectativas futuras. A orientação à família é uma estratégia necessária, já que cuidadores preparados são o melhor remédio para o idoso. O cuidador pode ser tanto uma pessoa da família quanto um profissional contratado.

Fonte: Jornal Hoje em Dia

O VERDADEIRO AMOR

Um senhor de idade chegou a um consultório médico, para fazer um curativo em sua mão, na qual havia um profundo corte. E muito apressado pediu urgência no atendimento, pois tinha um compromisso.

O médico que o atendia, curioso perguntou o que tinha de tão urgente para fazer. O simpático velhinho lhe disse que todas as manhãs ia visitar sua esposa que estava em um abrigo para idosos, com mal de Alzheimer muito avançado. O médico muito preocupado com o atraso do atendimento disse: - Então hoje ela ficará muito preocupada com sua demora? No que o senhor respondeu: -Não, ela já não sabe quem eu sou.
Há quase cinco anos que não me reconhece mais. O médico então questionou: - Mas então para quê tanta pressa, e necessidade em estar com ela todas as manhãs, se ela já não o reconhece mais? O velhinho então deu um sorriso e batendo de leve no ombro do médico respondeu: -Ela não sabe quem eu sou... Mas eu sei muito bem quem ela é!

A TIGELA DE MADEIRA

Um senhor de idade foi morar com seu filho, nora e o netinho de quatro anos de idade. As mãos do velho eram trêmulas, sua visão embaçada e seus passos vacilantes.A família comia reunida à mesa. Mas, as mãos trêmulas e a visão falha do avô o atrapalhavam na hora de comer. Ervilhas rolavam de sua colher e caíam no chão. Quando pegava o copo, leite era derramado na toalha da mesa. O filho e a nora irritaram-se com a bagunça.
- "Precisamos tomar uma providência com respeito ao papai", disse o filho. - "Já tivemos suficiente leite derramado, barulho de gente comendo com a boca aberta e comida pelo chão."

Então, eles decidiram colocar uma pequena mesa num cantinho da cozinha. Ali, o avô comia sozinho enquanto o restante da família fazia as refeições à mesa, com satisfação.

Desde que o velho quebrara um ou dois pratos, sua comida agora era servida numa tigela de madeira.

Quando a família olhava para o avô sentado ali sozinho, às vezes ele tinha lágrimas em seus olhos. Mesmo assim, as únicas palavras que lhe diziam eram admoestações ásperas quando ele deixava um talher ou comida cair ao chão. O menino de 4 anos de idade assistia a tudo em silêncio. Uma noite, antes do jantar, o pai percebeu que o filho pequeno estava no chão, manuseando pedaços de madeira. Ele perguntou delicadamente à criança: "O que você está fazendo?" O menino respondeu docemente: - "Ah, estou fazendo uma tigela para você e mamãe comerem, quando eu crescer."

O garoto de quatro anos de idade sorriu e voltou ao trabalho. Aquelas palavras tiveram um impacto tão grande nos pais que eles ficaram mudos. Então lágrimas começaram a escorrer de seus olhos.Embora ninguém tivesse falado nada, ambos sabiam o que precisava ser feito. Naquela noite o pai tomou o avô pelas mãos e gentilmente conduziu-o à mesa da família.Dali para frente e até o final de seus dias ele comeu todas as refeições com a família. E por alguma razão, o marido e a esposa não se importavam mais quando um garfo caía, leite era derramado ou a toalha da mesa sujava.De uma forma positiva, aprendi que não importa o que aconteça, ou quão ruim pareça o dia de hoje, a vida continua, e amanhã será melhor.Aprendi que se pode conhecer bem uma pessoa, pela forma como ela lida com três coisas: um dia chuvoso, uma bagagem perdida e os fios das luzes de uma árvore de natal que se embaraçaram.Aprendi que, não importa o tipo de relacionamento que tenha com seus pais, você sentirá falta deles quando partirem.

Aprendi que "saber ganhar" a vida não é a mesma coisa que "saber viver".Aprendi que a vida às vezes nos dá uma segunda chance. Aprendi que viver não é só receber, é também dar.Aprendi que se você procurar a felicidade, vai se iludir. Mas, se focalizar a atenção na família, nos amigos, nas necessidades dos outros, no trabalho e procurar fazer o melhor, a felicidade vai encontrá-lo.Aprendi que sempre que decido algo com o coração aberto, geralmente acerto. Aprendi que quando sinto dores, não preciso ser uma dor para outros. Aprendi que diariamente preciso alcançar e tocar alguém. As pessoas gostam de um toque humano – segurar na mão, receber um abraço afetuoso, ou simplesmente um tapinha amigável nas costas. Aprendi que ainda tenho muito que aprender...

A ARTE DE CUIDAR PARA NÓS É UMA MISSÃO - TURMA 2008

domingo, 19 de outubro de 2008

A FAMILIA DO IDOSO

A família é definida como um grupo enraizado numa sociedade e tem uma trajetória que lhe delega responsabilidades sociais. Especialmente perante o idoso, a família vem assumindo um papel importante e inovador, na medida em que o envelhecimento acelerado da população que estamos constatando é um processo recente e ainda pouco estudado pelas ciências sociais.

A importância da família na vida do idoso começa desde a sua infância e adolescência, onde existe a proteção, o carinho e a educação. Continua com o apoio em diversos momentos da vida, na formação, no equilíbrio afetivo e no desenvolvimento físico e social. É através deste habitat que o ser humano cresce e se desenvolve, atingindo a vida adulta, onde sai do ninho para construir a sua própria família.

Família esta que é adicionada por pais maternos e paternos, avós e tios…, onde encontramos pessoas com idade maior de 60, 70, 80 e até 90 anos, as quais podem apresentar-se independentes ou não, com autonomia ou acamadas, com quadros de demência ou ainda gestores financeiros para a nova família. Nossa, quantas mudanças na vida de um ser humano, mudanças na qualidade de vida, na afetividade, nos novos relacionamentos e na própria construção do novo seio familiar.

Dentro da família a pessoa é vista por ser ela mesma,independente da utilidade econômica, política ou social, ela é única, sem máscaras, na sua intimidade, faz parte da família sempre.

O idoso é visto como o principal membro da comunidade familiar, pois ele representa uma história de vida, a história daquela família, como se codificasse um gene, a biografia.

É na família que o idoso necessita de cuidados, apresenta as suas manias e acaba por envolver a família em torno de si, leva os mais jovens a olhar não só para si como também para tudo a sua volta. É neste momento que observamos o carinho dos netos ou mesmo de um filho para a sua avó querida.